Deu na Revi: Pesquisa aponta novas perspectivas para o jornalismo joinvilense

Professor Samuel Lima responde ao público, ao lado do coordenador do curso de Jornalismo do Bom Jesus Ielusc, Silvio Melatti. Foto: Mateus Lino

Texto: Amanda Cristina Santos

Na noite de  quinta-feira (9),  a Faculdade Ielusc recebeu o professor Samuel Pantoja Lima (UFSC) para falar sobre os resultados da pesquisa GPSJor – Governança, Produção e Sustentabilidade para um Jornalismo de Novo Tipo.

Conforme o professor, o principal objetivo do GPSJor foi conceber um novo modelo de sustentação para o jornalismo de qualidade, baseado no desenvolvimento de sistemas de governança que permitam o relacionamento estável e horizontal entre jornalistas e seus públicos. Um total de 43 pesquisadores e voluntários participaram do projeto. O estudo  alcançou 2.577 pessoas através de questionários, entrevistas e interações na página do GPS no Facebook.  Durante a palestra, Lima explicou  todo o processo da pesquisa-ação, que envolveu diferentes recursos metodológicos e, além da Faculdade Ielusc e UFSC, também contou com pesquisadores da Universidade Estadual de Ponta Grossa.

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Durante a pesquisa, iniciada em 2016, também houve a formação de grupos de trabalho, constituídos por voluntários de diversos segmentos da sociedade civil. As equipes estudaram e opinaram sobre quatro dimensões do jornalismo: editorial,  gestão,  engajamento e  sustentabilidade. “As saídas para as crises no jornalismo não serão criadas isoladamente por especialistas ou empresas, mas resultarão das interações entre os agentes envolvidos”, constata o professor. Check on ubet tab results.

Avaliação do público
A pesquisa apontou que o público joinvilense apresenta críticas à superficialidade, à falta de diversidade das pautas e vinculações ao poder econômico e político pelos veículos locais e nacionais. Há manifestações de resignação, com avaliação da piora do jornalismo e até de falta de contato com produções jornalísticas devido à queda de credibilidade. “Os posicionamentos mais críticos estão mais presentes em sujeitos com maior engajamento e escolaridade”, afirmou Lima.

Os hábitos de consumo de informação em Joinville são semelhantes a outras metrópoles ocidentais, com deslocamento da audiência das mídias tradicionais para a internet. Isoladamente, a TV tem o maior alcance (34%), mas a transição para domínio digital fica comprovada pela combinação de fontes de informação via internet (sites, redes sociais, blogs, aplicativos, etc) com mais de 50%. As redes sociais somam quase 20% da preferência do público quando se trata de buscar informações.

Apesar das suspeitas direcionadas contra interesses de anunciantes, proprietários, políticos e empresas de mídia, a relação de proximidade reforça a confiança do público no trabalho dos jornalistas. “A confiança está mais relacionada ao jornalista do que ao veículo que ele representa”, explicou Lima. Ainda assim, o jornalismo local está longe de níveis de excelência que cultivem entusiasmo no público. Entre os  respondentes, 75%  têm o que reivindicar quanto às pautas, sobretudo nas áreas de saúde, educação, segurança e cultura. O público também reclama da pouca atenção a temas ligados à transparência na gestão pública, notícias positivas, à vida nas comunidades e nos bairros, a questões sociais e minorias.

De acordo com a pesquisa, há espaço para novos tipos de cobertura jornalística mais afinados com as demandas do público. “Essas solicitações da população podem ser atendidas por mídias tradicionais ou por novas organizações jornalísticas”, afirmou o professor. “Há necessidade de se aproximar das comunidades instalinko, de entender melhor os problemas e as reivindicações de uma sociedade civil mais instruída e fortemente organizada”, completou. O relatório completo da pesquisa estará disponível, a partir de segunda-feira, no site GPSJor.

Entrega oficial
Antes do Debate Público, Samuel Lima, acompanhado do coordenador do curso de Jornalismo da Faculdade Ielusc, Silvio Melatti, e das professoras Marília Crispi de Moraes e Maria Elisa Máximo, também integrantes do GPSJor, entregaram uma cópia do relatório final da pesquisa ao Diretor Geral da instituição, Silvio Iung, e ao diretor de Ensino Superior, Paulo Aires. Durante o encontro, os professores conversaram sobre perspectivas de novas parcerias.

(Reproduzido da Revi)

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